Acusada por amar
Tranquei a janela do coração
Meu defensor se afastou
Do lado da grade das ilusões.
Em silêncio eu amava
Havia nos olhos de alguém
Uma grade obscura
Que não via o além.
Sonhei com o momento
De ver aquela grade quebrada
E ele, defendo-me por amor
Como nos velhos contos de fada.
A janela continua fechada
E no coração, ainda arde a chama do amor
Mas, nos olhos de alguém ainda existe a grade
Que pela cegueira não consegue ser o meu defensor.
Autora: Inês
Carmelita Lohn